Da série "Saúde em Debate", esta obra abrange aspectos conceituais tais como importância da pesquisa sociológica para a saúde coletiva e a contribuição da antropologia para as questões fundantes das relações intersubjetivas. Também apresenta discussão sobre questões como a proteção da privacidade do indivíduo versus o interesse coletivo na pesquisa qualitativa e o papel do comitê de ética em pesquisa na universidade e no serviço de saúde. Cada capítulo expressa a opinião pessoal dos autores, a fim de demonstrar que não existe uma opinião formada sobre como proceder em muitos casos e em muitas situações.
Este livro recebeu apoio financeiro do Programa UNICEF, UNDP, World Bank, WHO, Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases (TDR).
Em co-autoria com a Psic. Dra. Maria Luisa Sandoval Schmidt, apresento o capítulo: "A relação pesquisador-pesquisado: algumas reflexões sobre a ética na pesquisa e a pesquisa ética". Neste capítulo, abordamos a tensão entre uma concepção de ética forjada na heteronomia e a necessidade de sujeitos autônomos para uma condução ética da pesquisa. Nesse sentido, para a necessária autonomia do pesquisador ligam-se a especificidade e complexidade da pesquisa em Ciências Humanas e Sociais, em que o caráter processual de suas diferentes fases e, em especial, da relação entre o pesquisador e o “pesquisado” esbarra na rígida e, talvez, irrefletida generalização da Resolução 169/96 para além das fronteiras das pesquisas médicas, biológicas e farmacêuticas para as quais foi criada.
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